Ao contrário do que diz o senso comum, posso afirmar que a História não se repete. Ninguém passa duas vezes no mesmo rio, ainda assim é melhor não facilitar. O cenário eleitoral do município arrepiou meus cabelos, trouxe a tona pesadelos da infância!
Ouvi a vida inteira que a ditadura tinha sido verdadeiramente ruim. Mortes, desaparecimentos, torturas! Uma política que privilegiava os mesmos abastados de sempre. E o pior, como profetas, alguns diziam: a questão é que as pessoas esquecem rápido. Os jovens talvez não saibam, mas o bom velhinho de agora esteve presente durante este período. Afastou do poder aqueles a quem hoje dá a mão. Trouxe pra Friburgo o desenvolvimento. Não, não é de desenvolvimento econômico que falo, mas do desenvolvimento de instrumentos da repressão. Ironias da política. Hoje, ele foi a TV e duvidou de nossa inteligência. Afirmou não ter ligações com a ditadura! Faça-me o favor... Olhem as data[1]s dos governos dele! Olhem o projeto de lei[2] feito por ele homenageando o general Castelo Branco! HO-ME-NA-GEAN-DO!!!! Alguém aí, daria nome de praça para alguém a quem repudia?
Friburgo é uma cidade tradicionalista. Isso por vezes é bom, mas repetir pela milésima vez o mesmo candidato será mesmo falta de opção ou acomodação política? Não é só o candidato que está antigo, antigas são as idéias. Não quero uma suíça brasileira, numa terra tupiniquim. Não quero ilusões trazidas por títulos falsos que escondem atrás dos morros da cidade a pobreza e a exploração de uma terra que só mudará quando tivermos “olhos de ver”. Não somos a suíça brasileira e nem devemos querer ser. Isso apaga nossa História. Nossas origens tão mais complexas e de luta. Não seremos a suíça brasileira porque nenhum dos nossos trabalhadores (do serviço mais braçal ao maior dos nossos intelectuais) não tem e nem terá o poder aquisitivo de um suíço, nem a qualidade de vida de um deles. E não venham me dizer que o “senhor simpático” será capaz de fazer isso agora. Porque não fez então, em tantoS outroS governoS. Governos esses que não nos deram essa qualidade, mas nos cobraram impostos equivalentes a ela. Não me venham com o apelo turístico, hoje o que está na moda é o eco-turismo. E se formos defender o turismo histórico que tal construirmos uma identidade própria?
O trânsito de Friburgo não dá mais e isso é fato. Mas se dois reais de passagem é um preço muito caro e os ônibus já estão lá, quanto será o preço do trem? O capital privado que o “bom velhinho” defende , não se esqueçam, quer lucro! Esse capital privado, por exemplo, melhorou a RJ 116 e arranca de nós cada centavo que pode. O capital privado “ bom amigo do bom velhinho” não nos dará de bom grado uma obra gigantesca com tecnologia de ponta. Isso - talvez, se o projeto sair do papel nessa vida (lembram-se do tempo da serra mar! – ter idéias pro outro executar é fácil – só não é função do prefeito) – será transporte pra turista! E não resolverá o nosso trânsito engarrafado e louco.
Sinto pelo verde - a cor - é disso que estou falando! Outrora de esperança, de mudança. Talvez agora seja de nojo e enjôo diante da podridão.
Não sou a Mãe Diná. E, na verdade, todos estamos fadados a ironia do fim – a morte.... mas é inevitável pensar que a chance desse governo não ser dele é grande. Talvez aí more a última esperança, caso o povo friburguense prefira a asfixia da ditadura aos ares pouco renovados da democracia.
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[1] http://romuluneta.blogspot.com/2008/06/nova-friburgo-200-anos-100-anos-de.html - acesso em 19/9/2008
[2] Fonte: 2º Febeapá, Stanislaw Ponte Preta
sexta-feira, 19 de setembro de 2008
domingo, 23 de março de 2008
Em Campanha
Amigos do molho:
Depois de muito refletir, resolvi, vou fazer campanha política!
Não que a política seja partidária apenas, mas diante de algumas oportunidades (não falo nem de emprego, nem de dinheiro) não podemos deixar de nos manifestar.
Farei campanha por acreditar que o candidato em questão (fiquem tranquilos , não usarei esse espaço para isso) representa a utopia de consrução do novo! E eu.... "quero ver o novo no poder"!!!
Uma campanha construída em mutirão! Com gente que sonha, acredita e realiza!
Quem quiser saber mais....me procura!
Depois de muito refletir, resolvi, vou fazer campanha política!
Não que a política seja partidária apenas, mas diante de algumas oportunidades (não falo nem de emprego, nem de dinheiro) não podemos deixar de nos manifestar.
Farei campanha por acreditar que o candidato em questão (fiquem tranquilos , não usarei esse espaço para isso) representa a utopia de consrução do novo! E eu.... "quero ver o novo no poder"!!!
Uma campanha construída em mutirão! Com gente que sonha, acredita e realiza!
Quem quiser saber mais....me procura!
segunda-feira, 3 de março de 2008
A Escola da Ponte
Por vezes a humanidade me surpreende...Sempre me imaginei uma sonhadora compulsiva. Porque tirando o coelhinho da páscoa, o príncipe encantado e o creme pra celulite e acredito em tudo que a maioria sabe ser unanimamente impossível! Acredito em amor e na educação, em gente que faz o bem só por bondade mesmo, sem nenhum outro interesse... eu acredito em tudo que os outros dizem ser absurdo.
Na segunda feira descobri que realmente nada sei dessa vida! Que vivo sem saber! Nem a sonhar me ensinaram. Logo de manhã cedo, ia eu mal humorada para a primeira reunião de professores do ano. Mal humorada porque era de manhã e fim de férias... A palestra que me esperava talvez mudasse o rumo de toda a prosa e fizesse aquela manhã transformar-se em pura poesia! Um senhor, barba branca e voz tranqüila, começou sua fala de maneira inovadora:
- QUE QUEREM SABER?
Como assim que queremos saber? Tá maluco o coitado! Quero saber primeiro quem você é? Depois porque cargas d’águas é você quem está aí com esse microfone na mão, e, por fim, já que me ofereces assim todo o conhecimento, quase como um oráculo, quero também saber o número da sena que é pra voltar pras férias permanentes!
OK! OK! Isso tudo até passou pela minha cabecinha, mas minha voz controlou-se e eu, pacientemente, esperei! O senhor, bem a minha frente, começou a falar sobre sua vida... a discorrer sobre seus sonhos e seu jeito de fazer. Contou-me a lenda de uma escola sem salas, sem turmas, sem série... Uma escola meio mágica onde os alunos eram pessoas na função de alunos e os professores eram especialistas... num lugar em que o silêncio era feito apenas porque todos sabiam que assim deveria ser e onde cada um aprendia ao seu tempo e com seu caminho particular. A medida em que ele coloria a tela dos sonhos dele, eu ia imaginando um mundo todo sobre aquelas nuances... E me perguntava o que faltava? Mas o senhor de barba branca insistentemente continuava, e, abusadamente, me apresentava possibilidades que eu desconhecia, sonhos que não sabia nem sonhar! Eu queria ir embora dali naquele momento, ir me com ele pra esse mundo mágico do qual ele falava com tanta propriedade. Queria alunos assim, tão bons quanto ele contava...
Mas ele foi além.
Disse-me, com educação e polidez, mas disse.... que a culpa de um aluno não aprender era minha, porque era eu quem não sabia ensinar. Chegou a ferir meu ego, mas diante de tanto sonho, realmente isso não importava muito! Veja só, logo eu não saberia ensinar? ...eu que tenho me orgulhado nesses curtos anos de ter dado aulas criativas e interativas... de ter inovado!INOVADO??? EU??? INOVADO O QUE? Eu havia feito coisas boas, sabia disso.... mas precisava de bem mais que isso! E depois de tirar o chão em que eu pisava, afinal nada tinha feito eu de mais, só sonhado o que já se sabia, ele deu-me uma nova morada! A casa não seria tão confortável quanto a de antes... Era como um abrigo sob uma “PONTE”! Ponte e sonho!O velho de barba branca, reconfigurou meu mapa mundi, trouxe ao centro Portugal e a Escola da Ponte! E ensinou-me que a Utopia não deixa de ser linda só porque tem anos de história! Deu-me sonho, certeza, morada nova... desconforto e angústia para perseguir o ideal! Deu-me por fim frio na barriga e ânsia por fazer! Deu-me esperança!Fez tudo isso de jeito simples... falou da vida, sem muito cientificismo e “rebuscamento”. Falou dele, sem muito egoísmo ou auto promoção! Contou-me histórias de gente de verdade... com sonhos que eu não sabia sonhar e com coragem que eu desconheço ... e, foi assim, que tocou profundamente meu coração
Na segunda feira descobri que realmente nada sei dessa vida! Que vivo sem saber! Nem a sonhar me ensinaram. Logo de manhã cedo, ia eu mal humorada para a primeira reunião de professores do ano. Mal humorada porque era de manhã e fim de férias... A palestra que me esperava talvez mudasse o rumo de toda a prosa e fizesse aquela manhã transformar-se em pura poesia! Um senhor, barba branca e voz tranqüila, começou sua fala de maneira inovadora:
- QUE QUEREM SABER?
Como assim que queremos saber? Tá maluco o coitado! Quero saber primeiro quem você é? Depois porque cargas d’águas é você quem está aí com esse microfone na mão, e, por fim, já que me ofereces assim todo o conhecimento, quase como um oráculo, quero também saber o número da sena que é pra voltar pras férias permanentes!
OK! OK! Isso tudo até passou pela minha cabecinha, mas minha voz controlou-se e eu, pacientemente, esperei! O senhor, bem a minha frente, começou a falar sobre sua vida... a discorrer sobre seus sonhos e seu jeito de fazer. Contou-me a lenda de uma escola sem salas, sem turmas, sem série... Uma escola meio mágica onde os alunos eram pessoas na função de alunos e os professores eram especialistas... num lugar em que o silêncio era feito apenas porque todos sabiam que assim deveria ser e onde cada um aprendia ao seu tempo e com seu caminho particular. A medida em que ele coloria a tela dos sonhos dele, eu ia imaginando um mundo todo sobre aquelas nuances... E me perguntava o que faltava? Mas o senhor de barba branca insistentemente continuava, e, abusadamente, me apresentava possibilidades que eu desconhecia, sonhos que não sabia nem sonhar! Eu queria ir embora dali naquele momento, ir me com ele pra esse mundo mágico do qual ele falava com tanta propriedade. Queria alunos assim, tão bons quanto ele contava...
Mas ele foi além.
Disse-me, com educação e polidez, mas disse.... que a culpa de um aluno não aprender era minha, porque era eu quem não sabia ensinar. Chegou a ferir meu ego, mas diante de tanto sonho, realmente isso não importava muito! Veja só, logo eu não saberia ensinar? ...eu que tenho me orgulhado nesses curtos anos de ter dado aulas criativas e interativas... de ter inovado!INOVADO??? EU??? INOVADO O QUE? Eu havia feito coisas boas, sabia disso.... mas precisava de bem mais que isso! E depois de tirar o chão em que eu pisava, afinal nada tinha feito eu de mais, só sonhado o que já se sabia, ele deu-me uma nova morada! A casa não seria tão confortável quanto a de antes... Era como um abrigo sob uma “PONTE”! Ponte e sonho!O velho de barba branca, reconfigurou meu mapa mundi, trouxe ao centro Portugal e a Escola da Ponte! E ensinou-me que a Utopia não deixa de ser linda só porque tem anos de história! Deu-me sonho, certeza, morada nova... desconforto e angústia para perseguir o ideal! Deu-me por fim frio na barriga e ânsia por fazer! Deu-me esperança!Fez tudo isso de jeito simples... falou da vida, sem muito cientificismo e “rebuscamento”. Falou dele, sem muito egoísmo ou auto promoção! Contou-me histórias de gente de verdade... com sonhos que eu não sabia sonhar e com coragem que eu desconheço ... e, foi assim, que tocou profundamente meu coração
domingo, 10 de fevereiro de 2008
Para nossa diversão: não percam o vídeo de animação da música Classe Média - do Max Gonzaga. A animação foi feita a pedido da Revista Carta Capita.A sátira não poderia ser melhor! Vale chamar a atenção para a revista "Seja"!
Comentem a "verdade" da canção!
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